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A escolha da cores

O dia estava frio, me agasalho bem para sair de casa. Sou acolhida no saguão da prefeitura e lá me abrigo do vento gelado. Caminho pelo piso de concreto e vou em direção ao centro do saguão. 

Olho para o entorno e observo bandeirinhas amarradas em alguns pontos da cobertura metálica, cada uma delas tem uma cor do município: vermelho, verde e branco. Algumas mesas improvisadas são montadas com cavaletes pintados de branco. A tinta descascada mostrava partes do tom amadeirado. 

Tampos de madeira são apoiados nos cavaletes e em cima observo uma variedade de cores: roxo, vermelho, branco, laranja, amarelo, vermelho e distintos tons de verde. Tudo fresquinho, alguns produtos já embalados em sacos plásticos. Olho atenta para as cores em cima da mesa e consigo associá-las a um sabor. 

Uma cor, um gosto. Mas, ao mesmo tempo, cada tonalidade de uma mesma cor, apresenta uma distinção de sabores. Nenhuma é igual, assim como nenhum sabor e textura são iguais. Embaixo das mesas estão alguns caixotes vermelhos e pretos, assim como, caixas térmicas em vermelho e branco. 

Tudo organizado e setorizado para montar e desmontar, para expor e recolher cada uma daquelas cores, no momento em que chegar a hora de acabar. Depois disso, a cor cinza do piso ganha destaque naquele espaço, tudo fica em estado de aguardo para que na próxima semana, a variedade das cores volte a predominar.

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